Quem manda nesse Estado? Eu não votei em promotor”, diz pastor sobre igrejas fechadas 715j6u
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Pouco depois de o Comitê do Pacto Acre sem Covid recomendar ao governo do Acre que o Estado não libere o funcionamento de templos religiosos durante a fase laranja da pandemia do novo coronavírus, o pastor José Ildson Viana, representante do grupo evangélico, fez uma live em rede social na noite desta quarta-feira, 29, para, segundo ele, expor detalhes da reunião e do estudo em geral, que não condizem com a realidade da pandemia local.
No encontro, apenas ele e a secretária de Empreendedorismo e Turismo do Acre, Eliane Sinhasique, votaram a favor da manutenção dos cultos e encontros religiosos na fase laranja. Na live, o pastor ressaltou que a classe evangélica precisa agir e tomar decisões para garantir a realização dos cultos com todas as medidas sanitárias impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) perante a pandemia.
A indignação de José Ildson é pela volta da proibição dos cultos presenciais. Apresentando o movimento “Respeitem a Igreja”, ele afirma que os critérios estabelecidos pelo Comitê, pelo Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal para decidir pelo fechamento dos templos são “ilegais e injustos” e esquecem-se da essencialidade da igreja. O representante evangélico também levantou algumas questões políticas com relação ao pacto. “Quem é que está mandando mesmo nesse Estado? Eu não votei em nenhum promotor. Promotor não tem autoridade legal para fechar nada, precisa de uma autorização judicial”, disse em relação ao MPE e MPF terem recomendado que os templos fossem fechados.
“Nem falam mais da Constituição [Federal]. Acima de tudo temos que estar unidos na causa evangélica. Não se trata de religião, é sobre a causa da fé evangélica. O Pacto Acre sem Covid, com intenção ou não, não bate na hora de fazer as contas. Há uma grande falha na matriz do pacto, e do jeito que está, é impossível flexibilizar para as igrejas”, declara Ildson. De acordo com o pastor, se não mudarem o pacto, é impossível as igrejas voltarem. “Não quero acreditar que ninguém dentro daquele grupo não saiba fazer cálculo”.
José Ildson seguiu destacado que os dados apresentados pela médica Karoline Sabino, responsável pelos dados técnicos e científicos relacionados ao Pacto Acre sem Covid, não são coerentes. “Não precisa entender de ciência para saber que a igreja não é um dos principais vetores de proliferação da doença tomando as medidas necessárias, como máscara e álcool em gel”.
Conforme dito pelo pastor, o Comitê acredita que a igreja só perde para boates em termo de proliferação do vírus, o que para ele, não é real. “De onde tiraram esses dados? De onde coletaram? Quais teses, estudos para classificar igreja como vetor de alto risco de contaminação">ac24horas