Forças Armadas trabalham 'obedientes à Constituição', afirma em nota ministro da Defesa 1t663a
Nota foi divulgada um dia após presidente Jair Bolsonaro ter discursado em ato no qual manifestantes pediram fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal e reedição do AI-5. 631s
G1 - Brasilia

O Ministério da Defesa divulgou nesta
segunda-feira (20) nota assinada pelo ministro Fernando Azevedo e Silva na qual
afirma que as Forças Armadas trabalham "sempre obedientes à Constituição
Federal" para "manter a paz e a estabilidade do país".
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A nota foi divulgada um dia depois de
o presidente Jair Bolsonaro ter
discursado em um ato contra a democracia em frente ao
Quartel-General do Exército, em Brasília. O texto da nota não faz referência ao
episódio, no qual manifestantes pediram, com gritos e faixas, intervenção
militar e fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.
Bolsonaro participou discursando de
cima de uma caminhonete. Os manifestantes pediram ainda a reedição do Ato
Institucional número 5 (AI-5), da ditadura militar, que fechou o Congresso,
cassou políticos, suspendeu direitos, instituiu a censura à imprensa e levou à
tortura e morte de presos políticos.
No texto da nota, o ministro Fernando
Azevedo e Silva disse que nenhum país estava preparado para a pandemia do
coronavírus, e que os militares atuam para conter a expansão da epidemia.
"Essa realidade requer adaptação
das capacidades das Forças Armadas para combater um inimigo comum a todos: o
Coronavírus e suas consequências sociais", diz o texto.
Íntegra da nota
Leia a íntegra do comunicado
divulgado pelo Ministério da Defesa:
Nota
Oficial
As
Forças Armadas trabalham com o propósito de manter a paz e a estabilidade do
País, sempre obedientes à Constituição Federal.
O
momento que se apresenta exige entendimento e esforço de todos os brasileiros.
Nenhum
país estava preparado para uma Pandemia como a que estamos vivendo. Essa
realidade requer adaptação das capacidades das Forças Armadas para combater um
inimigo comum a todos: o Coronavírus e suas consequências sociais.
É
isso o que estamos fazendo.
Fernando
Azevedo e Silva
Ministro
de Estado da Defesa