Acre é 2º estado com maior número de casos de sífilis em gestantes, aponta Saúde
Boletim epidemiológico apresenta que a cada mil nascidos no estado acreano, 37,8 são notificados com a doença. Em Rio Branco a taxa é de 56,8.
Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

O Acre é o segundo estado com maior número de casos de sífilis
em gestantes, com uma taxa de 37,8 casos a cada mil nascidos vivos, conforme
dados do Ministério da Saúde, divulgados em outubro deste ano.
Os dados são do
Boletim Epidemiológico sobre a situação da sífilis no Brasil com os números
coletados de 2008 a 2018.
O G1 entrou
em contato com a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e foi
informado de que a responsável pela área técnica está em viagem para o interior
para ações de monitoramento e não teria como falar sobre os dados.
A sífilis pode ser diagnosticada por meio de testes rápidos
disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Para as gestantes, o procedimento
é pedido já na primeira consulta de pré-natal.
O estado acreano aparece entre os oito do
país que apresentaram taxa de detecção em gestantes acima da taxa nacional, que
é de 21,4 para cada mil nascidos vivos. O estado fica atrás somente do Rio de
Janeiro, onde a taxa é de 41,4. O que teve menor taxa foi o Distrito Federal, com
12,2.
Casos de gestantes com sífilis no Acre
2013
● : 110
● : 110
Fonte: Ministério da Saúde
Em números reais, foram registrados em 2018, 619 casos de
sífilis em gestantes no Acre, outros 98 casos de sífilis congênita (quando a
doença é ada da mãe para o bebê) e 490 de sífilis adquirida. Além de dois
óbitos de menores de um ano.
O estudo aponta ainda que a capital acreana, Rio Branco, também
tem uma alta taxa da doença em gestantes, com 56,8 casos para cada mil nascidos
vivos.
No caso da mortalidade
por sífilis congênita em menores de um ano a cada cem mil nascidos vivos em
2018, o Acre aparece em terceiro lugar no ranking dos estados, com taxa de
12,2. O estado com maior taxa é o Rio de Janeiro, com 23,3, seguido de
Pernambuco com 22,1. A taxa no Brasil é de 8,2 para cada cem mil nascidos
vivos.