No AC, jovem ‘peregrina’ em busca de resposta para doença que a fez nascer sem ovários e trompas u2743
Maria Ivanilda de Oliveira, de 20 anos, luta para ter o diagnóstico da doença há mais de 10 anos. 332r52
G1-Ac

A jovem mora na zona
rural do município de Cruzeiro do Sul, no interior do estado. Há quase dois
meses, ela e a mãe Elisângela Costa estão em Rio Branco, hospedadas na casa de
uma amiga. E aguarda para fazer o exame eletroneuromiografia dos quatro membros
para tentar o diagnóstico.
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"Sinto muita dor
no pé da barriga e nas mãos. Choro muito, muito mesmo", conta a jovem
sobre o sofrimento diário que só alivia depois do uso de medicamentos.
"Não tenho mais o
que chorar", diz a mãe que, hoje, com o avanço da doença e ainda sem um
diagnóstico, vê a filha sofrendo com muitas dores e está pesando 27 quilos.
Maria chegou a ficar internada por cerca de 30 dias.
Segundo a mãe, os
médicos acreditam em uma relação entre a atrofia das mãos e a falta das trompas
e ovários da jovem, mas continuam sem um resposta concreta.
Falta de recursos
para exames
Elisângela conta que precisa fazer
esse exame para tentar chegar à causa das dores e atrofiamento da filha e fazer
um tratamento adequado.

"Estamos ando algumas
dificuldades e o exame que ela precisa fazer custa R$ 1 mil. Nesse exame é que
vão tentar descobrir qual é a doença", contou.
A mãe da jovem informou ao G1 que a filha corre o
risco de ficar sem andar se não tiver um tratamento adequado.
"O que os médicos sempre
disseram é que ela pode ficar cadeirante, mas nunca deram um diagnóstico. Agora
aqui em Rio Branco é que estou esperando para fazer o exame e descobrir o que
ela tem", ressalta sobre a luta.
Elisângela é agricultora e vive da
produção de farinha e, há mais de um mês sem trabalhar, a única renda que elas
podem contar é um benefício que Maria recebe no valor de R$ 600.