Desmatamento da Amazônia Legal aumenta quase 30% no Acre, aponta Imazon 5z4w1a
Segundo o estado, dados do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite (Prodes), que são utilizados para monitoramento do desmatamento no estado, indicam uma redução de aproximadamente 50% nos últimos 10 anos.
Por G1 AC, Rio Branco
Dados do
Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente
da Amazônia (Imazon) mostram que o desmatamento na área da Amazônia Legal no
Acre aumentou quase 30% entre os meses de agosto de 2016 e março de 2017 em
comparação com agosto de 2015 a março de 2016. Foram derrubados 22 quilômetros
quadrados até março deste ano, enquanto que até março do ado foram 17 km²,
segundo a pesquisa.
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Ao G1, o governo do estado afirmou que não tem
conhecimento sobre os dados apresentados pelo Instituto. Segundo o estado,
dados do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite (Prodes),
que são utilizados para monitoramento do desmatamento no estado, indicam uma
redução de aproximadamente 50% nos últimos 10 anos.
"Esse
reconhecimento se dá pela diferente metodologia adotada pelo Imazon em relação
ao Instituto de Pesquisas Espaciais - Inpe/Prodes. Os dados do Prodes para o
Acre indicam uma redução de aproximadamente 50% nos últimos 10 anos. Em relação
a 2016, em que se observou uma elevação da taxa de desflorestamento no estado,
o Inpe, a pedido do Governo, está realizando uma nova análise para revisão dos
mesmos", informou em nota.
Em relação à
degradação das florestas na Amazônia Legal, de acordo com o estudo do Imazon,
no Acre somaram 63 quilômetros quadrados entre agosto de 2016 e março de 2017.
O número de registros no mesmo período de 2015 e 2016 não foi divulgado.
Conforme os
dados, os estados que mais desmataram foram Mato Grosso, com 405 km² de
desmatamento, em segundo lugar ficou o Pará, que registrou 934 km² de mata
derrubada e em terceiro, o Amazonas, com 253 km². Em relação às florestas
degradadas na Amazônia Legal, a cidade de Mato Grosso também fica em primeiro
lugar, com mais de três mil quilômetros quadrados de área degradada.
A
pesquisa
Em fevereiro e
março de 2017, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou 97
quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Isso representou uma
redução de 54% em relação a fevereiro e março de 2016, quando o desmatamento
somou 212 quilômetros quadrados.
As florestas
degradadas na Amazônia Legal somaram 88 quilômetros quadrados em fevereiro e
março de 2017. Em relação a fevereiro e março de 2016 houve redução de 69%,
quando a degradação florestal somou 281 quilômetros quadrados.
Conforme a
pesquisa, em fevereiro e março de 2017 a maioria do desmatamento, 81%, ocorreu
em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O estudo mostrou ainda que
14% do desmatamento ocorreu em unidades de conservação e 5% em assentamentos de
reforma agrária. Não houve ocorrência de desmatamento em terras indígenas nesse
período.
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