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Médico usa horas vagas para atender ribeirinhos e índios de graça no Acre 6eq3v

Clínico geral conta que ganha banana, galinha e macaxeira de pacientes.Ele é médico há 16 anos e atende de graça ribeirinhos e indígenas de Feijó. 5e4q4a

Iryá RodriguesDo G1 AC

Médico há 16 anos, Aguiar diz que já atendeu mais de 10 mil pacientes gratuitamente (Foto: Arquivo pessoal)Médico há 16 anos, Aguiar diz que já atendeu mais de 10 mil pacientes gratuitamente (Foto: Arquivo pessoal)









Quem mora há algumas horas da cidade, em comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas muitas vezes acaba tendo dificuldade de ir a um hospital e chega a ficar anos sem receber atendimento médico. É o caso dos pacientes que o clínico geral Rosaldo Aguiar, de 48 anos, resolveu atender de graça nos momentos de folga do hospital.
Ele, que é médico formado na Bolívia há 16 anos, conversou com o G1 e contou que já atendeu mais de 10 mil pacientes de forma voluntária. Aguiar trabalha em um hospital e um posto de saúde da cidade de Feijó, no interior do Acre, há 12 anos. Segundo ele, entre os pacientes estão crianças, indígenas, adultos e idosos.
"Quando não estou trabalhando, vou para os bairros, comunidades ribeirinhas e até aldeias indígenas que ficam do outro lado do rio, coloco uma mesinha e fico fazendo atendimento. Não me custa nada e, graças a Deus, sempre sou muito bem tratado aonde eu vou. Faço minha profissão com amor e me sinto feliz. Continuarei até quando for preciso", afirmou o médico.
Após a consulta, Aguiar conta que muitas vezes os pacientes fazem questão de pagar de alguma forma e, muito humildes, acabam  dando cachos de banana, galinha, pato e até macaxeira como pagamento. O médico disse que fica envergonhado, mas que fica muito feliz com a gratidão das pessoas.
"A primeira coisa que o paciente quer do médico é o carinho e isso já é a metade do tratamento. Se você trata mal o paciente, ele sai pior do que chegou. Tem pessoas que levam essas coisas para mim, mas não cobro nada a ninguém. Fico muito gratificado. Com certeza, eu amo minha profissão e amo a medicina", disse Aguiar.
Como os atendimentos são feitos na casa das pessoas, o clínico geral afirmou que faz principalmente consultas e encaminhamentos, caso seja necessário. "Já fiz até um parto na beira do rio há dois anos, em uma comunidade rural. Não levo medicação, porque não posso, mas o receita para os pacientes buscarem no posto", contou.
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Médico conta que resolveu deitar no chão para atender paciente que estava com dor na coluna  (Foto: Arquivo pessoal)Médico conta que resolveu deitar no chão para atender paciente que estava com dor na coluna (Foto: Arquivo pessoal)
Gratidão
Aguiar afirmou que como é filho de seringueiro e de funcionária pública, não tinha condições de pagar os estudos de medicina. Ele fez questão de ressaltar que só conseguiu realizar o sonho com a ajuda de um empresário da região, que custeou o curso na Bolívia ,  por conta disso, ele afirmou que faz os trabalhos voluntários.

"Me formei em medicina com a ajuda de um empresário de Tarauacá. Então, essa foi a forma que eu encontrei para agradecer isso que recebi quando mais precisei. Eu não tinha dinheiro. Desde que me formei, faço isso com a maior gratidão com o que recebi", disse o médico.

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