Médicos discutem novo limite para pressão de pacientes hipertensos 6c5jf
Estudo de Comitê Internacional dos EUA aponta 12x8 como pressão normal. am a ser toleráveis níveis de 14x9 para hipertensos e 15x9 para hipertensos com mais de 60 anos de idade.
Um novo estudo pode aumentar o limite de tolerância com os níveis da pressão arterial. E mesmo com essa mudança, os médicos alertam que os hipertensos não podem se descuidar do controle da doença.
O tira-teima no consultório é um compromisso na vida de Dona Miriam. Aos 63 anos ela trava uma luta diária para controlar a pressão arterial.
“De vez em quando ela dá um susto. Com todo o controle que a gente tem, o que que eu posso fazer?”, diz Miriam Dahi Curi, aposentada.
Um estudo feito por um Comitê Internacional liderado por cientistas dos Estados Unidos e que serve de referência para médicos no mundo inteiro, pode trazer um certo alívio para os hipertensos.
Os pesquisadores estão sugerindo novos parâmetros de segurança para os índices de pressão arterial. Já se aceita, por exemplo, que, dependendo da idade do paciente, os médicos não se prendam à famosa relação 12x8.
Doze por oito é a pressão considerada normal - nem baixa nem alta. Pela nova recomendação, am a ser toleráveis níveis até 14x9 para os pacientes que já são hipertensos. E de 15x9 para os hipertensos com mais de 60 anos de idade.
Mas a mudança de parâmetros não significa que as pessoas não devam procurar ajuda médica.
Quem estiver abaixo dos novos limites poderá até, com orientação médica, abrir mão dos remédios, mas terá que ter hábitos de vida saudáveis e visitar um especialista com frequência.
“Isso não modifica aquele olhar clínico individualizado que todo médico deve ter. Embora, ele normatize metas de controle da pressão, só o médico, baseado nos dados individuais de cada paciente, vai poder saber se ele deve ficar nesses valores máximos ou mínimos da pressão arterial”, declara Marcus Bolivar Malachias, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e coordenador de campanhas da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Segundo a Organização Mundial de Saúde o hipertenso que não se trata tem expectativa de vida 16,5 anos menor do que aqueles que tem acompanhamento médico. Dona Vera, 70 anos, pressão 13x7. Está super de bem com o coração.
“O lado bom é cuidar da vida, meu filho. Cuidar deste aqui (coração), porque se você não cuidar dele não adianta não”, diz Vera Lúcia Pinto Coelho, aposentada.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/01/medicos-discutem-novo-limite-para-pressao-de-pacientes-hipertensos.html