Site Cultural de Feijó 4d5n4e

Site Cultural de Feijó

Estudantes mostram deficiência no português na hora de buscar estágio 48442


As deficiências no aprendizado de língua portuguesa no ensino básico têm obrigado faculdades a oferecer cursos específicos numa tentativa de atenuar esse problema na formação dos alunos. Os erros de português são a principal causa de reprovação de candidatos a estágios.

Pobre língua portuguesa. Tão bonita e tão maltratada.

Imagine estragar um elogio assim. Essepicional: "excepcional" com dois "ésses" e um "i" sobrando. 

Pro-penção: "propensão" virou duas palavras - e com cê cedilha. Sensura: e a "censura" ao bom português saiu com "s". São palavras de jovens que já estão na faculdade.

Em um levantamento com mais de sete mil estudantes de nível superior e de nível médio, 28% não aram no teste para conseguir um estágio por causa dos erros de português. Foi o principal motivo de reprovação.
“O estudante tem uma série de cursos, especializações”, diz Erick Sperduti, coordenador de seleção do núcleo brasileiro de estágios, e completa: “A gente lida com muitos jovens que se desenvolvem nessa parte técnica, mas pecam no português”.

Sem a língua portuguesa, fica difícil dar um o adiante. Para quem chega ao ensino superior, como estudar para ser médico, engenheiro, advogado, sem dominar o próprio idioma? Por isso, já tem faculdade preenchendo as lacunas que ficaram do ensino médio.

Carla ou no vestibular, mas quando o curso da área da informática começou, ela viu que seria difícil fazer trabalhos sem errar.

“Eu vi que eu tinha um pouco de deficiência. Crase, uso da vírgula também, concordância, algumas regras gramaticais”, conta a estudante universitária Carla Alves dos Santos.

A universitária entrou em uma espécie de reforço de português, que a faculdade criou justamente para estudantes nessa situação.

“Ele aprende conceitos relacionados à gramática, ele vai resgatar elementos que ele precisa para a sua progressão no curso superior”, diz o pró-reitor acadêmico adjunto da FMU, Luiz Felipe Quel.
Laura está terminando a faculdade e foi a estagiária que uma empresa escolheu depois de um ano fazendo testes com os candidatos.

“Quando fui fazer o processo seletivo aqui na empresa, uma das primeiras coisas foi o ditado e fiquei surpresa: nossa, por que um ditado?”, relembra a analista de comunicação Laura Mafei.

O ditado foi a grande peneira. E Laura só errou uma palavrinha.

“Errei assepsia, mas agora já sei escrever direitinho” diz Laura Mafei. “A-s-s-e-p-s-i-a, assepsia”, soletra a analista de comunicação.
G1

Deixe um comentário 6m1d3f

Nenhum comentário: 1mp71

");
Imagens de tema por comandcamera. Tecnologia do Blogger.